Obra de
Misericórdia: ajudar a sepultar os mortos!
O Campo do Cemitério prefigura-se ao olhar da fé num Santuário de DEUS. Lugar de respeito, de oração, lugar de verdade, não só de saudade, mas de aprimoramento de nossa pessoa à imagem e semelhança de DEUS. Enganam- se os que pensam que só os melancólicos, os tristes e frustrados visitam o Cemitério.
Este lugar fora muitas vezes visitado por vários Santos que aí tiveram momentos
de profunda reflexão e exercícios de humildade e oração. Lá repousam as
Memórias vivas daqueles que amamos, mesmo sem estarem agora às vistas em nosso
momento presente de nossa existência, a eles que tanto devemos do que somos e
do que agora abraçamos. São tantos bens em nossa vida, cujas sementes senão
fora antes estas pessoas tão dedicadas por nós a semeá- las em nós, sequer
saberíamos agora o que teria sido de nós. Eles passaram por nós e deixaram em
nós um pouco deles mesmos. Pois só se sente saudade de alguém se este “alguém” morar em nosso coração.
Neste lugar Santo, por abrigar
os templos sagrados dos corpos daqueles que um dia foram casa viva do Espírito
Santo, foram ativos soldados pelo Crisma movidos no Espírito Santo, foram
Sacrário vivos pelas santas comunhões que receberam pela graça do Espírito
Santo. Pela presença de Deus vivo nelas enquanto que vivos no passado
santificaram também sua ausência, pois quando não mais estivessem entre nós, seria
porque talvez estivessem entre os Anjos do Céu servindo ao mesmo DEUS, na
plenitude da vida que não tem fim.
E jazem também neste santo
lugar, as memórias aqueles que não julgamos, mas que talvez ateus ou
desconhecedores do Reino de DEUS à fé não se aplicaram, mas que na Misericórdia
Divina estão todos embalados e entregues, pois a Salvação do Filho de DEUS pela
morte de Cruz abraçou toda a humanidade sem distinção. Pensamos o Reino de DEUS
para todos nesta e na outra vida. Não somos juízes, mas membros do Corpo de
Cristo na Igreja, por isso nos compete deixar pulsar de nós o amor e salvação
aos demais membros deste corpo místico seja neste mundo presente ou no mundo do
Purgatório, passagem pela qual se chegará ao Céu.
Assusta a rapidez com que são
esquecidos os falecidos. Seus bens são repartidos rapidamente, a vida trata de
coloca- los em tão rápido silencio na vida de seus amigos e familiares.. Mas
que pena para nós que deles nos esquecemos, pois um dia seremos esquecidos
também, e Nosso Jesus Cristo nos ensinou: “ Fazei aos outros o que se deseja
que faça por vós!”
Terminada a semana da dor, ou
seja os primeiros Sete dias, passada a Missa do Sétimo dia, que muitos pensam
ser apenas uma tradição. Enganam-se, pois este “Sete” pode ter um sentido também
de: Infinitamente, para sempre, todos os dias... sim, que unidos a JESUS CRISTO o Filho de
DEUS vivo, todos os dias teremos nosso encontro com aquela pessoa que partiu e na
forma espiritual, santa e divina, não leva mais um corpo corruptível, mas vive
no corpo espiritual onde tudo que o Corpo de Jesus é para nós na Eucaristia ,
ele que mais vivamente está, com aquele que no tempo da eternidade nele se
alimenta , vive, respira e realiza lá, a vontade do Pai, ao que compreendemos
que, o que mais importa em qualquer lugar, como nos disse e ensinou o Filho de
DEUS, “ Eis que venho fazer a vontade de Meu Pai.” E todo aquele que está com
DEUS, a partir do que nos diz e ilumina o próprio Senhor, poderíamos ler nas
entrelinhas de sua bondade: “ Morro para ir a Vós ó Pai, com JESUS vosso Filho divino,
fazer a vossa vontade”.
Pelas Missas que rezaremos,
será o memorável trabalho de vestir, visitar, dar de comer e enviar
presentes... Tudo o faremos na forma como eles agora na outra jornada precisam,
pois precisam do que é do Espírito e que só o Espírito Santo de DEUS pode nos unir
em comunhão. O Senhor havia nos dito: “A fé remove montanhas.” Não especificou
quais, porque a força para movê-las não depende do tamanho do braço e sim da
força de amar e acreditar, de ter fé. Ah! Se tivéssemos fé verdadeira, nada nos
abateria, mas confiantes na Misericórdia do Senhor que nos sustenta, vamos
mesmo caindo e levantando em cada dia partiremos não em busca do próprio
consolo, mas do trabalho pela extensão do reino de DEUS que se dá em obras nas
almas onde elas estiverem.
Os que tem fé, rezam e amam,
não desesperam, sofrem mas com esperança de que ninguém morre para não mais
existir, mas se morre, como nos faz refletir São Francisco de Assis, de que “é
morrendo que se irá viver para a vida
eterna.” Podemos meditar: nenhum rio corre para voltar atrás, mas sempre
ultrapassa todas as represas ou obstáculos, mas não descansa até avistar o grande Oceano. Assim somos nós rios avançando
cada dia a este encontro com a imensidão, não para desaparecer mas sim se
misturar a tão altos desígnios no Oceano
da vida do próprio Senhor nosso Deus de onde todos saímos pois Ele é nosso
criador e para Ele todos voltamos pois é nosso único fim.
Consolemos aos que sofrem, aos que de corações partidos precisam ser
consolados.
Quantas vezes, as palavras não abrandam as dores dos corações por si
mesmas, mas se forem “palavras de Oração e em Oração’ serão a própria ação do
Cristo sofredor na Cruz tornando- se presente nos corações dos fiéis ao irradiar
a luz consoladora da bondade de DEUS. A luz Divina trespassa a dor e a conduz à
serenidade. Os que choram em dor pela perda dos entes queridos, desta dor se
dizem que “é a dor das dores” nada há o que se comparar quando ela nos atinge. O sustento da alma que sofre é unicamente a
misericórdia de DEUS. Embora pareça não se ouvir aos que rezam naquela hora, nem
sempre as emoções permitem o ouvir e refletir devido a profunda dor nos
diversos momentos, todos podem receber o efeito e força Divina pelas orações
que nestas horas são as únicas fontes de força e luz, são o alimento da alma, a todos que choram e sofrem.
Quantas vezes, em lugares de difícil acesso, ou situações em que por
algum motivo não se encontram pessoas disponíveis para rezar, então a
providencia do Altíssimo faz de nós seu instrumento a conduzir a todos do
desespero ao consolo pela oração. A oração santifica o sofrimento.
A VISITA AO SEPULCRO
Visitar o túmulo dos falecidos é uma prática cristã que nos recorda a visita das mulheres ao sepulcro de Jesus para prestar-lhe as honras, que ele não teve antes de ser enterrado na correria das vésperas do sábado, no qual não podiam trabalhar:
E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.
(Mateus 28,1)
E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.
(Marcos 16,2)
Exemplo de amor: visitar o Tumulo de nossos entes
queridos!
18 de agosto, 2002 Publicado às 20h15 GMT |
Papa visita túmulo dos pais e do irmão na Polônia |
João Paulo II reza diante túmulo de seus pais |
O penúltimo dia da viagem do papa João Paulo II à Polônia terminou com uma visita privada do pontífice aos túmulos de seus pais e de seu irmão, na cidade de Cracóvia, neste domingo. Poucas horas antes, o papa havia celebrado uma missa ao ar livre diante de mais de 2 milhões de pessoas. A missa celebrada pelo pontíficie durou cerca de três horas e foi acompanhada pelos hinos e orações da multidão, que gritava versos como "Polônia te ama, Cracóvia te ama". Aos 82 anos de idade e com a saúde muito frágil, o papa foi recebido calorosamente pela multidão que tomava o Blonia Park, em um dos maiores encontros de católicos poloneses em todos os tempos. |
ORAÇÕES PARA SE REZAR EM VISITA A SEPULTURA DE UM FALECIDO
(pode levar água benta)
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